Triple Bottom Line

 

Com o aparecimento dos primeiros problemas ambientais e sociais, temas como desenvolvimento sustentável, sustentabilidade, responsabilidade social, gestão ambiental e responsabilidade socioambiental tornaram-se comuns. Ao longo dos anos, essa temática vem sendo aprimorada e popularizada. Cada vez mais países, empresas e universidades colocam o tema em pauta, denotando sua relevância para a sociedade global. O tema aparece com freqüência nas publicações especializadas (artigos, dissertações, teses, livros) e em mídias como internet, jornais, revistas e televisão, e também é muito discutido nas redes sociais, sejam elas virtuais ou não.

Mas, o que significam todas essas palavras que constituem essa temática chamada sustentabilidade?

Historicamente, o primeiro termo a ser utilizado para representar essa temática foi desenvolvimento sustentável, que trata-se de um paradigma de relações harmônicas, de longo prazo, capaz de proporcionar crescimento e desenvolvimento da comunidade humana, com equidade, garantindo, ao mesmo tempo, a sustentação física e biológica dos sistemas ecológicos.

Desde a publicação do Relatório Brundtland (1987), o qual considera que o desenvolvimento sustentável é aquele que deve satisfazer as necessidades da geração presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras, muitas definicões surgiram para o termo. Mas, o ponto comum entre todas está nas três dimensões que se relacionam e compõem o termo sustentabilidade, ou seja, a dimensão econômica, a dimensão ambiental e a dimensão social. Essas dimensões também são conhecidas como triple bottom line ou People, Planet e Profit (Pessoas, Planeta e Lucro) ou ainda, tripé da sustentabilidade. A sustentabilidade só pode ser alcançada com o equilíbrio entre essas dimensões.

A dimensão econômica inclui a economia formal e as atividades informais que provêem serviços para os indivíduos e grupos e que aumentam a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos. É o resultado econômico positivo (lucro) de uma empresa, que deve ser gerado de forma honesta, sobrepondo-se ao lucro a qualquer custo, prevalecendo a harmonia com os aspectos sociais e ambientais.

A dimensão ambiental ou ecológica refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade e considera os impactos das atividades empresariais sobre o meio ambiente, na forma de utilização dos recursos naturais, e a integração da gestão ambiental no dia-a-dia da empresa.

A dimensão social considera os aspectos do bem-estar humano, ressaltando que a empresa tem um papel social, que representa uma função na sociedade e deve beneficiá-la e não prejudicá-la. Essa dimensão abrange tanto o ambiente interno da empresa quanto o externo. Internamente, refere-se ao tratamento do capital humano: salários justos, adequação à legislação trabalhista e ambiente de trabalho agradável. Também é preciso atentar para os efeitos da atividade econômica da empresa nas comunidades vizinhas.

Tudo muito bonito na teoria mas e na prática? As empresas estão cada vez mais comprometidas com a responsabilidade socioambiental, mas ainda estão caminhando em direção ao tripé, considerando a dificuldade de equilibrar as 3 dimensões. Infelizmente, a busca pelo lucro de forma desenfreada ainda prevalece em muitos setores importantes para a economia, os quais são responsáveis pela maior parte da degradação ambiental e dos problemas sociais. Como é o caso do setor petrolífero…

Nesse contexto, a educação assume um importante papel nessa jornada, sensibilizando e conscientizando a sociedade. Então vamos lá! O tempo não para!