Modelos ER e Planilhas de Cálculo
Modelos ER e Planilhas de Cálculo
Autor: | Ítalo S. Vega |
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Email: | italo@pucsp.br |
Revisão: | r1.00 |
Data: | 06/12/2013 03:48:18 PM |
Direitos de cópia: | |
Documento de domínio público. |
Sumário
Para ilustrar o propósito de elaboração de um modelo entidade-relacionamento [1] (MER), bem como o uso dos seus principais elementos, resolvi utilizar um vídeo [2] a respeito do uso de planilhas de cálculo.
[1] | http://en.wikipedia.org/wiki/Entity%E2%80%93relationship_model |
[2] | https://www.youtube.com/watch?v=TohR_xBjdto |
O vídeo se propõe a apresentar o conceito de planilha eletrônica, com ênfase em células numéricas e calculadas. Neste ensaio, investigaremos um MER para o cálculo exemplificado naquele tutorial.
1. Situação de Modelagem
Uma das imagens do vídeo se refere ao momento do cálculo de um pagamento de uma compra de algumas camisas. O CONTROLE DE ESTOQUE da figura abaixo expõe a venda de 15 unidades do PRODUTO do tipo CAMISA a um preço unitário de $25.
Os estudantes analisaram a planilha e, de imediato, vários deles modelaram VR UNIT como um atributo vr unit simples e monovalorado de um tipo de entidade Produto. O modelo pode ser visto no diagrama entidade-relacionamento [3] (DER) da figura a seguir. Um pensamento semelhante foi aplicado para a identificação do atributo qtd, também simples e monovalorado.
[3] | Foram omitidos os respectivos domínios dos atributos. Neste caso, quais seriam tais domínios? |
VR CAIXA = VR UNIT * QTD
Portanto, a compra de 25 camisas, cada uma delas custando $15, resulta no valor de $375 a ser recebido no caixa. Esta parte do vídeo foi registrada na imagem:
Neste caso, os estudantes modelaram a célula que define VR CAIXA como um atributo derivado. Assim, o modelo ER se altera com o acréscimo do atributo vr caixa:
Até aqui, eu não havia chamado a atenção dos estudantes a respeito da possibilidade de se modelar PRODUTO também como um atributo! Afinal de contas, se VR UNIT e QTD foram “naturalmente” modelados como atributos, porque PRODUTO também não o seria? Quais as consequências de um novo modelo desta planilha em que PRODUTO foi percebido como um atributo de valor CAMISA?
3. Entidades e Atributos
Ao interpretarmos a célula PRODUTO como um atributo de um tipo de entidade, o modelo se altera como ilustrado no DER abaixo. Além dos atributos vr unit, qtd e vr caixa, também teríamos o atributo simples e monovalorado de nome produto.
Entretanto, surge uma nova questão: qual seria o tipo de entidade com tais atributos? E mais: seguindo esta linha de interpretação, CONTROLE DE ESTOQUE não deveria ser percebido como um atributo composto?
4. Entidades e Relacionamentos
A revisão do modelo com todas estas considerações nos conduz ao diagrama que expõe novos tipos de entidades. Entidades do tipo Produto são caracterizadas por um tipo e por um vr unit. Poderemos relacionar ocorrências deste tipo de entidade com diversas vendas, percebidas como ocorrências do tipo Venda. Cada venda se caracteriza por uma certa quantidade comprada, a partir da qual calculariamos o valor a ser pago no caixa.
Este modelo, por exemplo, suportaria um caso de uso [4] de recebimentos em um ponto de vendas (PDV). O diagrama da contexto:dcu-01 ilustra o modelo com destaque para o Caixa e a Recepção de Pagamento no contexto do subsistema de vendas. O fluxo básico seria do caso de uso seria:
CDU Recepção de Pagamento: fluxo básico
- Caixa indica o tipo do produto em venda
- Caixa informa a qtd vendida
- Subsistema de vendas mostra o vr unit
- Subsistema de vendas mostra o vr caixa
[4] | Modelos de casos de uso (CDU) são convenientes para lidar com interações entre atores e processos de negócio. |
Nota: E como modelaríamos o conceito CONTROLE DE ESTOQUE citado na planilha inicial? Como um atributo composto? Um novo tipo de entidade?
5. Conclusão
Partimos de um exemplo que ilustra o funcionamento de uma planilha em uma situação que envolve células numéricas combinadas com uma célula de cálculo. É comum percebermos como atributos em um MER, as células contendo legendas. Fizemos isso com VR UNIT, QTD e VR CAIXA, mostrados na seção Atributos Simples e Derivado.
Entretanto, esta linha de pensamento leva a uma interessante possibilidade quando nos deparamos com a célula PRODUTO. Ao invés de interpretá-la como um atributo produto, podemos percebê-la como um atributo tipo de uma entidade Produto. É esta abordagem que origina um outro modelo que expõe a presença de entidades Venda, caracterizadas por um atributo simples e monovalorado qtd e um atributo derivado e monovalorado vr caixa, como mostrado na seção Entidades e Relacionamentos. Tal revisão suporta o registro de afirmações de vendas em um PDV, como ilustrado no diagrama de casos de uso daquela Seção.
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