— Grupo de pesquisa "Jovens/Juventudes"

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Ação Juvenil

O artigo “Rolezinho, mais simples do que parece”, de Gil Marçal (ex-coordenador do Programa VAI e atualmente dirigente da área de Cidadania Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo) é fundamental para compreendermos tanto o recente fenômeno dos rolezinhos quanto a vida de parte dos jovens das nossas periferias. Recomendo.

 

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Cordão da Mentira foi um desfile realizado com a participação de muitos grupos e coletivos juvenis. O evento foi realizado atravésum protesto que estes coletivos fizeram em relação a questão da não abertura dos documentos da época da ditadura no Brasil. O desfile ocorreu por diferentes partes da Av. Consolação, do bairro Higienópolis e principalmente frente a sede do setor conservador da Tradição, Família e Propriedade (TFP) onde houve um ato terrorista em 20 de junho de 1969 e foi até a antiga sede do DOPS, centro de repressão e tortura.

Cordão da Mentira, intervenção, ditadura
Foto: Giuliana Bonilla

Durante o protesto do “Cordão” realizado no dia 1 de abril, distintos coletivos fizeram intervenções teatrais e musicais recorrendo os pontos históricos que de algum modo fizeram parte desta construção da historia da ditadura militar do nosso país. O Coletivo Estudo de Cena, que trabalha com intervenção teatral nas ruas, também participou do Cordão. O grupo defende a questão da classe trabalhadora e a consciência política através de intervenções realizadas em espaços públicos da cidade de São Paulo.

Fotos da intervenção realizada em abril pelo Coletivo Estudo de Cena frente ao TFP:

“O bom burguês é o burguês defunto!” – Cia. Estudo de cena (video)

Foto: Giuliana Bonilla


Outros grupos e coletivos que participaram do Cordão da Mentira:

- Bloco Carnavalesco João Capota Na Alves
- Brava Cia.
- Buraco d’Oráculo
- Cia. Antropofágica
- Cia. Estável de Teatro
- Cia. Estudo de Cena
- Cia. do Latão
- Cia. São Jorge de Variedades
- Coletivo Contra a Tortura
- Coletivo Dolores Boca Aberta
- Coletivo Desentorpecendo A Razão
- Coletivo Merlino
- Coletivo Político Quem
- Coletivo Zagaia
- Comboio
- Comitê Paulista de Verdade Memória e Justiça
- CSP – Conlutas
- Engenho Teatral
- Esquina da Vila
- Grupo Folias
- Grupo Milharal
- Grupo Tortura Nunca Mais/SP
- Kiwi Companhia de Teatro
- Luta Popular
- Mães de Maio
- Ocupa Sampa
- Os Aparecidos Políticos
- Projeto Nosso Samba de Osasco
- Rua do Samba Paulista
- Samba Autêntico
- Sarau do Binho
- Sarau da Vila Fundão
- Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo – SASP
- Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo – SINTUSP
- Tanq_ ROSA Choq_
- Tribunal Popular

Diversos coletivos políticos, juvenis, teatrais e sambistas fizeram parte do Cordão da Mentira. De modo bem humorado e com um público de todas as idades, o “cordão” discutiu a respeito da situação da sociedade brasileira reinvidicando a abertura dos documentos da época da ditadura civil-militar e de alguns traços históricos que a nossa ditadura deixou pelas ruas de São Paulo.

Post: Giuliana Bonilla

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“Lembro-me quando o sargento Lúcio me flagrou no quartel do Exército ouvindo “Para Não Dizer Que Não Falei das Flores”, na voz de Simone. Era 1983. Eu tinha 18 anos e era soldado. Ele me chamou de mocorongo, comunista e praguejou para não ouvir aquelas músicas. A cena do militar me transformou. Tive certeza de que viveria da literatura e que enquanto alguns capitalizavam a realidade, eu fazia parte dos que socializavam sonhos. Trazia o gosto pela leitura desde os 13 anos, quando meu pai, um operário da Bombril, me estimulou a ler. “Eram os Deuses Astronautas?”, do suíço Erich von Däniken, “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Marquez, foram um baque. Sai do exército e pulei de emprego em emprego. Terminei o ensino médio, mas sentia profunda tristeza por querer estar perto da literatura e ter de dedicar tempo para outra vida. Revolucionário é todo aquele que quer mudar o mundo e tem coragem de começar por si mesmo. Fui para a multidão.

Como no fim dos anos 1980 não pegava bem ser poeta na minha quebrada, o Jardim Guarujá, na zona sul da capital, onde vivemos semanas nas quais 50 pessoas foram mortas, virei letrista de um grupo musical. O máximo no meu bairro era ser operário padrão. Recusei aquela vida. Quando ia ao centro de São Paulo com meu pai e via a vida cultural, sentia necessidade de levar tudo aquilo para a periferia. Em 1988, publiquei o primeiro dos meus sete livros lançados até hoje.

Dividia o tempo entre trabalho burocrático, a música e as aventuras futebolísticas nos times da várzea. Era um médio volante à la César Sampaio [ex-jogador do Santos, Palmeiras - time de Vaz - e seleção brasileira]. Em 2001, eu e meu amigo Marcos Pezão criamos a Cooperifa, a Cooperativa Cultural da Periferia. Começamos num galpão abandonado. Os nossos saraus são quilombos para onde os escravos fogem para se expressar. Na Cooperifa, o microfone é aberto para qualquer um. Ninguém é obrigado ajudar o próximo. Nem a ficar de braços cruzados.

Depois da fábrica, fomos para um bar chamado Garajão. Ficamos lá dois anos, até mudarmos, em 2003, para o Bar do Zé Batidão, que havia sido de meu pai por 12 anos e foi vendido. No Batidão, nosso trabalho na Cooperifa ganhou reconhecimento nacional e, hoje, existem cerca de 60 saraus como o nosso espalhados por várias cidades do país. Só acendi o estopim disso. A Cooperifa é uma demonstração de que a literatura liberta e de que podemos sonhar com as nossas próprias mãos.

Em 2009, tive a honra de ser eleito pela revista “Época” como uma das cem personalidades mais influentes do país. Ano que vem, serei tema do enredo da Imperatriz do Samba, escola de Taboão da Serra, no extremo sul da Grande São Paulo e onde nossa caminhada começou. Não sou o único responsável pelas conquistas da Cooperifa. Somos um time de 30 pessoas. Nossa maior conquista é estimular quem não sabe ler a aprender para ter a chance de escrever seus próprios versos na vida. Quem lê enxerga melhor. Recebemos sete prêmios pelos trabalhos na Cooperifa. Atualmente, além do sarau no Bar do Zé Batidão, evento que já reuniu 500 pessoas numa só noite, levamos a literatura da periferia para os jovens internos de dezenas de escolas públicas de São Paulo e para os jovens infratores da Fundação Casa.”

 

Depoimento de Sérgio Vaz ao jornal Folha de São Paulo de 27 de novembro de 2011, caderno Cotidiano.

 

 

O sarau da Cooperifa inspirou outras 60 iniciativas do mesmo estilo pelo Brasil. Sérgio Vaz e seu grupo criaram a Semana de Arte Moderna da Periferia, a Mostra Cultural da Cooperifa, Poesia no Ar, Chuva de Livros, Cinema na Laje e o Ajoelhaço.

A Cooperifa promove encontros culturais com saraus, leituras, exposições artísticas, exibição de filmes produzidos por coletivos culturais da periferia e é aberto a qualquer interessado. Acontece todas as quartas, às 20h, no Bar do Zé Batidão (Rua Bartolomeu dos Santos, 797, Jd. Guarujá, São Paulo. Tel: 0/xx/11/5891 7403).

 

 

 

 

Post: Natalia Garcia

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No dia 20 de março (domingo), a partir das 10h na Av do Poeta, 740 (Jd Julieta, Zona Norte) ocorrerá o Multirão Cultural na Quebrada, um projeto de caráter itinerante que pretende, em torno da cultura, unir diversos setores da sociedade de São Paulo. O evento, nesta edição, estará comemorando os quatro anos do Projeto CICAS – Centro Independente de Cultura Alternativa e Social.

A festa, com realização do Mutirão Cultural na Quebrada, CICAS, Rede Livre Leste,  Sinfonia de Cães, entre outros coletivos culturais e artísticos, será gratuito e de acesso permitido para todas as idades.

Maiores informações nos sites:

http://mutiraoculturalnaquebrada.blogspot.com/

http://projetocicas.blogspot.com/

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Post: Ana Kelson

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Como resultado das pesquisas de campo realizadas no período entre setembro e dezembro de 2009, o Grupo de Pesquisa Jovens Urbanos, com a ajuda da videomaker Bruna Gottardo, editou um vídeo com algumas imagens captadas nas Mostra VAI da zona sul, leste, norte e oeste, além do II Encontro Cultural do Grajaú, II Mostra Cultura da Cooperifa e Cine Cachoeira.

http://www.youtube.com/watch?v=vDL3u2ryLRw

Agradecemos aos coletivos pela recepção e esperamos que gostem!

Post: Beatriz

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Para celebrar a manifestação cultural da pixação, entre os dias 13 e 31 de julho, a Matilha Cultural abriga a mostra “Caligrafia Mau Dita”, exposição de registros tipográficos  reunidos pela grife de pixação “Os Muito Loucos” e convidados das cinco regiões de São Paulo e ABC que atuam há mais de 20 anos nas ruas da cidade. A exposição é voltada ao entendimento do pixo e de sua caligrafia como fenômenos sociais do nosso tempo. A abertura será na terça, 13, a partir das 18h.

 

A iniciativa partiu de Manulo e  Pinguim e  teve apoio dos convidados Thatha (ZS), Tatei (ZO), Rash (ZN), Taylor e Vagabundo (ZL), Zé (ABC) e Ivan (Centro). Na mostra, será possível conhecer as ‘folhinhas’ com desenhos caligráficos, que são peças tão importantes individualmente quanto a própria sobrevivência da cultura. Nos encontros de pixadores, as folhinhas costumam ser trocadas, mantendo viva a caligrafia de cada grupo e ganhando caráter de peça colecionável junto com convites de festas. “Conseguimos reunir muitas letras e assinaturas raras da história da pixação. Pena que é impossível mostrar tudo de uma vez”, conta Manulo.

 

Outros  destaques da programação são o lançamento do documentário “Caligrafia Mau Dita”, com 20 min de duração, dirigido por Jey (Flávio Ferraz), um dos organizadores da mostra, exposição de fotos de João Wainer e Victor Moryama que contextualizam artisticamente a pixação na cidade de São Paulo e ilustrações de Paulo Ito (Artista Plástico e Ilustrador) que aborda o pixo em linguagem de HQ.

 

Está programado ainda um ciclo de conversas sobre as diversas facetas do pixo, com nomes como Claudio Rocha (da publicação Tupigrafia), Jaime Prades e Celso Gitahy já confirmados.

 

Quando: de 14 a 31/07 – Terças, Quartas, Quintas, Sextas e Sábados das 12:00 às 20:00

 

Matilha Cultural

Endereço: Rua Rego Freitas 542

 

Fonte: Site Catraca Livre

 

Post: Ariane

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Dia 24 de junho vai rolar no Cineclube Pólis a exibição do webdocumentário Mapa das Artes da Cidade Tiradentes e o lançamento da edição número três da revista Graffiti Poético do coletivo 5 Zonas compondo mais uma faceta da Arte e Cidade.

 

Arte e Cidade é uma mostra de manifestações artísticas urbanas com o objetivo de promover interações entre artistas e o público, bem como reflexões sobre as práticas de produção e difusão artísticas, tendo como foco os novos territórios que a arte vem alcançando em tempos de grandes transformações dos meios de comunicação, seus desafios e potencialidades.

 

O webdocumentário a ser exibido consiste num mosaico de videogramas sobre artistas de diferentes linguagens do bairro Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, que podem ser assistidos de forma não-linear, concebidos e produzidos para compor o Mapa das Artes da Cidade Tiradentes.

 

O 5 Zonas é formado por cinco artistas da cena do graffiti arte paulistano (Credo, Eve14, Hope, Sow, e Tota). O grupo tem por objetivo divulgar, pesquisar e sobretudo, fazer graffiti, sem se prender a limites geográficos. O 5 Zonas se preocupa em manter viva, na prática, a palavra “coletivo” por meio da liberdade que um integrante tem em “completar” o outro, tanto na forma de pensar os projetos, bem como na maneira de executá-los.

 

Cineclube Pólis

Rua Araújo, 124, Vila Buarque

 

Post: Ariane

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Na próxima terça, 29 de junho de 2010, vai rolar o encontro “Radiografia Cultural Periferia e Underground em SP” no CCBB (São Paulo), com jovens moradores da periferia que estão se aventurando no mundo do cinema. Coletivos como Cinema na Laje, Cinema de Quebrada e Arte na Periferia, atingem centenas de pessoas com produções que travam diálogos com o cotidiano de todos e são apresentadas em espaços alternativos e centros comunitários que também fazem parte do dia-a-dia de todos.

 

A idéia do encontro é expor como são realizadas as produções, quem apoia, quem faz, quem está envolvido, quem vê essas produções, o que elas dizem sobre a vida de muitas pessoas, entre outras questões que permeiam estes vídeos.

 

Haverá uma mostra de documentários das 13:00h às 17:30h seguida de um debate das 19:30h às 21:30h com o diretor Peu Pereira do Coletivo Arte na Periferia e o jornalista e cineasta Evaldo Mocarzel.

 

Endereço do CCBB

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro

 

Post: Ariane

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No dia 19/6 aconteceu no II Encontro de Juventude no Centro Criança Esperança da Freguesia do Ó (SP). Nesse dia, fomos (Rita, Débora, Ana e Maria Cláudia) conferir o evento, pois um dos coletivos que acompanhamos, o Quilombaque, estava participando.

Esse II Encontro teve o objetivo de reunir diversos coletivos onde era possível expor ações de cada grupo (trabalhos e formas de manifestação), sendo que o importante era abrir esse espaço para que os coletivos pudessem fazer a sua “mostragem” de acordo com suas propostas, objetivos, arte, cultura, enfim, o que os favorece na hora de passar aquilo que justifica o que fazem, o que é importante.

No local, tivemos a oportunidade de conversar com algumas pessoas, e apresentar o trabalho realizado pelo Jovens Urbanos (Rita no caso, dizendo da onde éramos, e porque estávamos ali). Entre essas pessoas, batemos um papo com o Bonga, que nos explicou os motivos desse encontro, achei muito bacana a iniciativa de convidar diversos coletivos para mostrar o trabalho que realizam, mas o mais importante (pelo menos pra mim) foi a troca de informações, trabalhos, experiências que imagino que todas as pessoas que estavam nesse evento tiveram, pois é nessa forma de conhecer uns aos outros que surgem os interesses de ambos, imagino até novas experiências que podem acontecer, no caso, uma realização de outro evento juntando trabalhos de outros lados, uma parceria, um vínculo.

Abaixo, posto umas fotos do graffiti, uma das manifestações mais fortes no local. Ao fim do dia já estava quase tudo colorido.

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Fica um convite importante:

Conversamos com o Cleverson, ele estava de representante de Quilombaque nesse Evento, e ele fez o convite para conferir o I Tributo a Raul Seixas (26/6). Quem quiser conferir:

http://comunidadequilombaque.blogspot.com/2010/06/maluco-beleza.html

Post: Débora Nazari

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Infelizmente, na última sexta-feira (11/6), aconteceu a EXPULSÃO de pessoas que se encontravam em plena atividade no espaço CICAS.
Essa expulsão, decorrente ao despejo obrigatório por ação da subprefeitura da Vila Maria/Vila Guilherme, com apoio da política militar e civil metropolitana. Uma ação, segundo o próprio CICAS violenta e sem a documentação necessária para tal despejo.

O CICAS nasceu a partir da recuperação de um local abandonado, e nele produz diversos tipos de atividades, ligadas a cultura, para melhorar a vida de sua comunidade, promovendo oficinas, teatro, música e afins.

A grande questão agora é o que será feito do espaço, que segundo as autoridades, dizem ter um projeto já definido para o local.

É importante lembrar, que o CICAS reabilitou o uso desse local, criou biblioteca, mobilhou e proporcionou um ambiente agradável e de conhecimento para todos.

Precisamos apoiar essa causa, no sentido que seja feito algo para não expulsar o grupo CICAS que deu vida a esse antigo descaso que era esse local, e permitir que eles continuem realizando suas atividades para a sua comunidade.
Mais informações:

CICAS

Post: Débora Nazari

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