— Grupo de pesquisa "Jovens/Juventudes"

 

A pesquisa “Jovens urbanos” teve início em 2002 a partir de um convite do Departamento de Investigações da Universidade Central (DIUC , Bogotá, Colômbia) para o desenvolvimento de um projeto coletivo e internacional. Em 2007 passa a integrar o grupo de trabalho “Juventud e prácticas políticas en América Latina” da CLACSO (Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales).  Nestes anos passou por várias etapas:


 

2011/2014: JOVENS/JUVENTUDES: AÇÕES CULTURAIS, POLÍTICAS E COMUNICACIONAIS

Esta etapa da pesquisa toma-se como idéia central as apropriações da cultura digital; este eixo fundamental está subdividido em 4 linhas teórico-metodológicas:

>> Cultura digital, grupos juvenis e práticas territoriais: São Paulo-Bogotá

>> Cultura digital, concepções das políticas públicas: usos e apropriações pelos jovens

>> Marchas e cena urbano-midiática

>> Apropriações da cultura digital pelos jovens indígenas

Os marcos empíricos da investigação adotam uma perspectiva multimetodológica, envolvendo a etnografia, a etnografia virtual e a produção e análise audiovisual. A proposta pressupõe a aproximação multimetodológica e multidisciplinar que compreende a dimensão histórica, antropológica e comunicacional tanto dos fenômenos, quanto das próprias estratégias de abordagem. Para tanto, leva-se em conta informações quantitativas (pesquisas já publicadas, dados “macro” e estatísticas oficiais), mas privilegia-se a análise qualitativa e a crítica cultural, por meio da observação da cotidianidade e da apreensão de narrativas de diversas ordens, produzidas e apropriadas por coletivos juvenis em seus espaços de sociabilidade e produção/apropriação cultural. Trata-se, nesse sentido, de compartilhar e interagir com os jovens em seus próprios “cenários” e “ambientes” cotidianos, digitais ou não. As narrativas juvenis são, para esta pesquisa, um lugar epistemológico e metodológico privilegiado, na observação de suas representações e formas de socialização. Busca-se, em todos os eixos, historicizar e inserir os objetos de estudos em seus contextos sociais, políticos e culturais. Pretende-se também construir a articulação empírica com os resultados consolidados das investigações do GT-CLACSO e, metodologicamente, a construção de uma perspectiva comparativa entre as práticas de grupos juvenis de São Paulo e Bogotá.

As matrizes teóricas envolvem a constante pesquisa bibliográfica em articulação com os resultados consolidados da pesquisa. Alguns autores e abordagens constituem a base teórica e epistemológica e conduzem o trajeto desta reflexão, sobre as articulações entre jovens, cultura e práticas políticas.

Os Estudos Culturais ingleses e suas repercussões latinoamericanas constituem a base originária da investigação. Restitui-se uma concepção de cultura como forma particular de vida e de conflito, como práticas simbólicas, ao mesmo tempo, de resistência e contestação, de consentimento e negociação, presentes em todos os aspectos da vida cotidiana; incluem-se aí atividades artísticas e intelectuais, produtos culturais e suas formas e processos de produção e de apropriação e negociações e lutas pela constituição das hegemonias.

Em um esforço de síntese teórico-conceitual assume-se os seguintes pressupostos: a complexa articulação entre o cotidiano vivido no mundo físico e no digital, entre a cidade e a “cibercidade”; leitura, escrita, texto – manifestações/produção estético-culturais –, historicamente contextualizados; cultura como “tecido discursivo” múltiplo e polifônico – ouvir-se mutuamente – que permite intersecções não excludentes entre livros/imagens/oralidades e cultura ilustrada/cultura popular; discurso como instrumento de poder, mas também ponto de resistência, burla e transgressão; no dialógico, a possibilidade de ruptura das hegemonias e da unidimensionalidade; busca pelas brechas e descontinuidades, pelo não dito, pelos rastros reprimidos e enterrados.

 

2007/2010: Jovens urbanos: ações estético-culturais e novas práticas políticas

Entre 2007 e 2010 o grupo de pesquisa integrou a rede de investigadores do GT “Juventud e nuevas practicas politicas en America Latina” da CLACSO. Fundado em uma demarcação histórica – marcos e acontecimentos relativos às décadas de 1960 a 2000 –, o trabalho foi organizado inicialmente ao redor da construção de um estado da arte envolvendo cinco eixos teórico-metodológicos assim definidos: campo teórico (marcos da produção acadêmica sobre juventude); políticas públicas (marcos de produção de uma legislação para a juventude); acontecimentos estético-culturais; consumo, mídias e culturas juvenis; e jovens indígenas no Brasil. Foram construídas cartografias capazes de responder pela questão fundamental que conecta esta proposta ao grupo de investigadores da CLACSO: quais são as práticas políticas – novas e originais – de jovens e coletivos juvenis na América Latina? Cada um dos eixos apresentou uma explicitação teórica e metodológica, uma análise dos dados coletados e uma avaliação de tendências gerais e singulares sobre a temática.

A seleção dos produtos e das ações culturais que foram objeto desta etapa de investigação privilegiou a inserção do jovem em processos de protagonismo e visibilidade sócio-cultural. Foram selecionadas ações de efeito multiplicador que disparassem processos de vinculação, conexões, intercâmbios e trocas entre indivíduos e grupos, e que também estimulassem a partilha de modos de ser, visões de mundo, estilos de vida, referenciais estéticos e comportamentais, políticos, entre outros.

A ampliação e sistematização do levantamento das ações culturais juvenis na cidade de São Paulo teve como ponto de partida as ações de grupos e coletivos juvenis, com perfis auto-organizativos, auto-gestionários e extra-institucionais, mesmo que articulados de forma pontual às políticas públicas de incentivo à produção cultural. O trabalho de campo junto a estes grupos juvenis partiu de suas diferentes articulações estéticas, políticas e de ações culturais cidadãs, entre elas: arte urbana, graffiti, música, teatro, dança, literatura e poesia, usos das tecnologias digitais, política e crítica da política, julgamento da mídia, textos, práticas de consumo e modo de vida contra-hegemônicos e alternativos, discussões de gênero, orientações sexuais e recortes étnicos.

 

2005/2006: Imagens, sons e experimentações da vida metropolitana
A análise privilegiada neste estudo reconheceu a centralidade de dois vetores de caráter macro na caracterização das culturas juvenis brasileiras: as paisagens audiovisuais e as experimentações da vida metropolitana. Estes elementos que nos orientaram em termos conceituais e nos serviram de importante referência na constituição de marcos e ferramentas metodológicas, dialogaram efetivamente com os resultados que, passo a passo, eram obtidos nas diferentes etapas de pesquisa, sendo, portanto, provenientes tanto de levantamentos bibliográficos, quanto da coleta de dados documentais. Em sentido complementar, e não menos relevante, eles advém das próprias narrativas juvenis levantadas e também se identificam desde os diferentes recursos de cunho etnográfico.

 

2002/2004: O ponto de partida: concepções de juventude, experimentação da violência, consumo cultural, vida e morte
Nosso ponto de partida para uma reflexão sobre jovens/juventudes na cidade de São Paulo encontra-se no convite que recebemos, em 2002, do Departamento de Investigações da Universidade Central (DIUC , Bogotá, Colômbia), para participar de uma rede internacional de investigadores e realizar uma reflexão conjunta sobre culturas juvenis em centros urbanos. A proposta articulava-se ao redor de uma pergunta comum – quais as concepções que os jovens têm sobre vida e morte? – que fazia sentido, e ainda faz, pelos expressivos indicadores da existência de jovens na constituição das sociedades atuais – por seus altos índices de mortalidade e presença maciça na composição das taxas de violência e criminalidade, ora como vítimas, ora comoa protagonistas – e, ainda, por sua significativa participação nas construções estéticas e culturais da contemporaneidade.

 

Equipe de pesquisadores

Profa. Dra. Lucia Helena Vitalli Rangel (PUC-SP)

Profa. Dra. Maria Isabel Rodrigues Orofino (ESPM-SP)

Profa. Dra. Rita de Cássia Alves Oliveira (PUC-SP) - gestão do blog

Profa. Dra. Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM-SP)

Profa. Dra. Silvia Helena Simões Borelli (PUC-SP) - coordenação do grupo de pesquisa

Liliana Galindo Ramirez  (Sciences Po / Universidad Nacional de Colombia)

Ariane Aboboreira

Harika Merisse Maia

 

Etapas anteriores da pesquisa:

Prof. Dr. Marcos Rodrigues de Lara
Profa. Dra. Simone Luci Pereira

Profa. Dra. Rosana de Lima Soares
Profa. Dra. Josimey Costa da Silva
Profa. Dra. Gislene da Silva
Profa. Dra. Claudia Valle
Aline Gueiros da Silva

Amanda dos Reis Fraga
Ana Carolina Viestel Laguna
Ana Kelson Batinga de Mendonça

Bianca Fernandes Fasano

Beatriz Sequeira de Carvalho

Bruna Gottardo
Daniel Novaes Sampaio Celli
Daniel Portugal
Euzébio Santos Silva

Fabrício de Oliveira Marson
Francisco Romero Neto

Giuliana Maria Bonilla Duarte

Lana Efraim

Maitê Maiara de Souza Santos

Maria Claudia Sant’Anna de Paiva

Maria Lucivânia Alves Maia
Maria Carolina Silva Fernandes dos Santos
Marina Trivelli Tambelli
Mariana de Stefano
Marina Mendes Cardoso

Natalia Iorio Garcia
Pedro Gomes
Taís Rodrigues da Silva

 

 

 

Participantes GT “Juventud y Prácticas Políticas en América Latina” (CLACSO):

COLOMBIA

Centro de estudios Avanzados en Niñez y Juventud alianza CINDE -  Universidad de Manizales

Sara Victoria Alvarado – Coordenadora do grupo

Patricia Botero

Marta Cardona López

Julián Loaiza

Héctor Fabio Ospina

Álvaro Píaz

Germán Muñoz

José Rubén Castillo

Instituto PENSAR de la Universidad Javeriana

Angélica Ocampo

Ricardo Delgado

Departamento de Desarrollo Rural y Regional de la Facultad de Estudios Ambientales y Rurales- Universidad Javeriana

Flor Edilma Osorio

Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos (IESCO) de la Universidad Central

Humberto Cubides

Dpto Ciencia Política – U. Nacional de Colombia

Juliana Cubides Martínez

Fabián Acosta

Liliana Galindo Ramirez

Maestría en Estudios Sociales Interdisciplinarios – Universidad Distrital Francisco José de Caldas

Claudia Luz Piedrahita

Jorge Eliécer Martínez

 

CHILE

Instituto de Ciencias Sociales – Universidad Católica de Maule

Oscar Aguilera Ruiz

Departamento de Sociología – Universidad de Chile

Claudio Duarte

Centro de Estudios en Juventud (CEJU) – Universidad Católica Silva Henríquez

Mario Sandoval

Jorge Baeza Correa

 

EQUADOR

Universidad Politécnica Salesiana

René Unda

Daniel Llano

 

ARGENTINA

Instituto de Investigaciones Gino Germani

Melina Vázquez

FISyP, Fundacion de Investigaciones Sociales y Politicas.

Pablo Vommaro

Centro de estudios avanzados de la Universidad Nacional de Córdoba

Andréa Bonvillani

IDIS, Instituto de Investigaciones Sociologicas.  CPS, Consejo de Profesionales en Sociologia .

Alicia Itatí Palermo

FLACSO – Argentina

Pedro Nuñez

 

MÉXICO

UIA, Departamento de Ciencias Sociales y Politicas.  Universidad Iberoamericana

Tania Arce Cortes

 

CUBA

CIPS, Centro de Investigaciones Psicologicas y Sociologicas

María Isabel Domínguez

Claudia Castilla García

CIDCC, Centro de Investigacion y Desarrollo de la Cultura Cubana ‘Juan Marinello’.

Lisett M. Gutierrez Dominguez

 

BRASIL

CPDA, Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade.

João Paulo Castro

Elisa Guaraná

Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais de a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Silvia Helena Borelli

Rose de Melo Rocha

Rita Alves de Oliveira

 

VENEZUELA

Centro de estudios Antropológicos y psicológicos, Escuela de Sociología de la Facultad de Ciencias Económicas y Sociales de la Universidad de Zulia

Emilia Bermúdez

 

COSTA RICA

DEI, Departamento Ecumenico de Investigaciones

Mario Zuñiga

 

URUGUAI

DS, Departamento de Sociologia.  Facultad de Ciencias Sociales – Universidad de la República

Juan Romero

 

BOLÍVIA

CIDES. Universidad Mayor de San Andrés

María Dolores Castro

 

 

 


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