O primeiro sarau promovido pelo pessoal da Tenda Literária em 25 de julho, com o apoio do VAI, foi muito produtivo e agradável. Teve muita poesia, dança, graffiti, conversas, risadas, paqueras e arranjos para o futuro. Estava muito frio e chovendo mas a tarde passou rapidamente na praça do mercado de Guaianases. Transeuntes, crianças, cachorros, camelôs, artesãos, embriagados, curiosos, mestrandos, pesquisadores, poetas, dançarinos, estudantes, grafiteiros; trem, ônibus, vans, motos. Conhecemos pessoas bem interessantes, fizemos contatos, ouvimos histórias, confissões, reclamações, reivindicações. Falamos, ouvimos e trocamos muitas coisas.
Ocupar o espaço público com uma atividade coletiva, sensível e bem humorada é muito prazeroso e faz a gente pensar na cidadania como algo possível e realizável inclusive no cotidiano e por meio ações pontuais e pequenas. O espaço público é o espaço da negociação, da apropriação, do uso; esta ocupação transformou um lugar de passagem em território “nosso”. Saimos de lá com a sensação de que são estas coisas que ainda fazem sentido nesta vida besta.
Ficou evidente o desejo coletivo de fazer, produzir; encontro de “iguais”, notamos a intensão de comunicar-se com os “outros”, os diferentes, os de outros lugares. Ao final ficou a certeza da busca do “bem comum” por meio da dimensão sensível, a perfeita articulação entre ética e estética. Inté o próximo sarau!
Post: Rita Alves
Fotos: Denise Tangerino


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